e era outono, como agora, nesses dias incongruentes, de janelas cerradas e os olhos semiabertos, com uma emoção gástrica enterrada no fundo do estômago, amassada e engolida, esperando em demasia, passar a ânsia de vômito...
E quase deitada em algum daqueles degraus, olhando com compaixão a xícara de ontem largada na pia da cozinha, amarelada de café. Desprezo! mas aquele deveria ser seu ar de solidão, peculiar aos desolados, desalmados, com cheiro de mormaço e mofo, e, se não me falha essa memória inútil, era (quase) outono, e senti a emoção de passar de olhos fechados na penumbra noturna de um túnel.
Neuma Queiroz