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"Eu sou a que no mundo anda perdida/ Eu sou a que na vida não tem norte/ Sou a irmã do Sonho, e desta sorte/ Sou a crucificada… a dolorida…/ Sombra de névoa tênue e esvaecida/ E que o destino, amargo, triste e forte/ Impele brutalmente para a morte!/ Alma de luto sempre incompreendida!/ Sou aquela que passa e ninguém vê…/ Sou a que chamam triste sem o ser…/ Sou a que chora sem saber porquê…/ Sou talvez a visão que Alguém sonhou/ Alguém que veio ao mundo pra me ver/ E que nunca na vida me encontrou!" Florbela Espanca - Livro de Mágoas

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sábado, 24 de março de 2012

Crônica

Georges Victor-Hugo (1868-1925) - Dora vue de dos (Museu d'Orsay, Paris) 

e era outono, como agora, nesses dias incongruentes, de janelas cerradas e os olhos semiabertos, com uma emoção gástrica enterrada no fundo do estômago, amassada e engolida, esperando em demasia, passar a ânsia de vômito...

E quase deitada em algum daqueles degraus, olhando com compaixão a xícara de ontem largada na pia da cozinha, amarelada de café. Desprezo! mas aquele deveria ser seu ar de solidão, peculiar aos desolados, desalmados, com cheiro de mormaço e mofo, e, se não me falha essa memória inútil, era (quase) outono, e senti a emoção de passar de olhos fechados na penumbra noturna de um túnel.

Neuma Queiroz

3 comentários:

  1. “Ler é sonhar pela mão de outrem.”(Fernando Pessoa). Ler seus textos sempre foi e sempre será muito gratificante para mim, e como diz Clarice Lispector, “enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever”.

    Anderson Souza

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  2. Um postagem linda minha querida
    adorei ler,que vc continue a postar
    coisas maravilhosas,bjuss de boa tarde
    Abraços Rita!!!

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  3. Adoro o que escreve!
    Adroro vir aqui nesse cantinho lindo!

    Beijo grande!

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