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tudo tão comum que nem mesmo ela percebia que era naquele dia, sim, naquele dia, que tudo mudaria, outro rumo, outro vento, outro mundo!
Nada mais seria tão pálido e seco como ontem, aí sim a vida teria sentido, sentiria o cheiro do jasmim quando passasse pela rua daquela avenida, e seria outra, sim seria, sentiria mais os seus sentimentos e seria, porque não, mais atrevida, não muito senão não seria mais ela, mais iria sim querer que a vida lhe tirasse o fôlego, mesmo aquele que não possuía.
O dia de tão comum chegava a ser incomum, tão cômodo, tão igual, devia mesmo ser quinta-feira, um dia insosso, uma tarde morna.
O vento passava todos os dias para o mesmo lugar, mas ela não sabia aonde ficava esse lugar que escondia e silenciava o vento... não sabia.
E ia pensando e sentindo algo mais estranho do que o comum, como se seu corpo, este sim, soubesse de toda mudança, e se preparara para tal.
Estava vestida com.. não importa com o que estava vestida, não era isso que queria dizer.
Estava com uma palpitação esquisita, sentia algo cada vez mais próximo, não o suficiente para ser percebido pelos seus olhos, mas sentia.
Não estava pensando em nada, e mesmo assim queria, queria muito, e foi sentindo uma euforia estranhamente conhecida, como aquilo que se passava dentro dela quando sentia o perfume dele...
E tinha certeza que ele estava se aproximando, e de repente algo suavemente tocou seus cabelos... subitamente seus olhos se abriram e... o vento, nada mais.
mais queria, queria muito que tudo isso não passasse de suas fantasias.
N.Q.