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ainda sinto o sangue frio da morte, que nublada levou minh'alma de mim...
E você que outrora prometera...
...que jamais deixaria morrer o grande amor que sentira por esta...
Esta que não mais existe e quando existiu o fez por você.
Você que hoje odeio... odeio tanto que meus olhos chegam a chorar... não sei por que o fazem, já que só sentimentos negros e o sangue frio da morte preenchem esse corpo!!
E você que outrora prometera...
...todas as flores vivas pra mim, dessas só sinto os espinhos e elas, são muchas e estão ali jogadas no chão da sala, não sinto mais seu cheiro, não... nada mais sinto...
Não sei por que esse corpo ainda respira, sinto ofegante minha respiração.
Fora de mim tudo também está escurescendo, agora o sol já se foi...
Agora é a noite em sua plenitude, que derrama sua escuridão e que devora meu fôlego, é essa escuridão que cala a voz do meu pensamento, seca a lágrima dos olhos...
E você que outrora prometera...
...também tirar meu fôlego, também nas mais escuras noites, e o fizera é verdade e ainda lembro... e agora também o faz, porém sem tua presença, não, você ainda está aqui, nas últimas pétalas das flores mortas e entranhado nos poros deste corpo, agora vazio, sem alma, sem vida...
E só a lembrança de tudo que outrora prometera...
N.Queiroz