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ela não quis percebe-lo olhou para o lado oposto, além da ausência dele, dois meninos brincavam de bicicleta, outra sentada no chão, e uma folha caiu do alto...
e tudo isso em alguns sofridos segundos, e nada mais...
só ai ela percebeu que ainda estava parada, alí, ao lado da ausência dele, pensou em fingir ser algo natural, mas algo acontecia de dentro pra fora, passou a mão pelos cabelos, quis nunca ter existido, quando lembrou que Não estava usando o perfume que ele tanto gostava, esqueceu mesmo? como pode? Quis morrer, morrer!
E justo naquele dia que tudo pereceu tão normal... todos andavam como se nada estivesse acontecendo, como se a festa dentro dela estivesse tão silenciosa que só ela percebia...
e de repente deu medo que fosse meia noite, não, não agora, não ainda!!
E ele pálido como uma maça vermelha, não pareceu perceber as palpitações de sua alma, nem seus passos silenciosos, nem ao menos sua falta de ar!
Nada! nada além daquele outro lado, aquele mundo dele... colorido.
E aqui, no mundo dela, olhou, de novo, para os próprios pés, que ódio, a poeira do seu lado cinza os tinha deixado pardos. Saiu apressadamente lenta.
(...)
Não olhou pra trás, não quis ver o seu colorido, e de cima pra baixo foi, de novo, ficando cinza. E desejou nunca ter existido e saiu apressadamente lenta, e triste.
N.Q.